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Agora que cá chegou, não diga que não vai colocar este blog nos favoritos... António Pinheiro da Costa, Nascido na Póvoa de Varzim em 1964, vivi em S. João do Estoril até entrar na escola primária, voltei à minha terra. Hoje habito na linda aldeia saloia de Assafora.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

PIZZA DE SARDINHAS DE LATA

Para ser mais fácil vamos a uma padaria de pão quente e compramos a massa de pão crua. De 6 a 10 pães conforme o número de pessoas. Amassamos a massa até ficar fina, a caber no tabuleiro escolhido, depois picamos a massa com um garfo e espalhamos nela polpa de tomate até a cobrir. Em cima do tomate deitamos rodelas de cebola cortadas finas. Cobrimos com um fio de azeite bom e depois espalhamos as sardinhas de lata previamente amassadas com um garfo. Por cima das sardinhas vai o queijo e por fim os orégãos.

O queijo pode ser ralado ou em fatias, há quem defenda os queijos italianos para as pizzas, pois eu prefiro o queijo limiano ralado, dá um sabor mais português e combina muito bem com as sardinhas de lata. As sardinhas, costumo usar as de azeite picante, escorro o azeite e amasso-as com um garfo… duas latas devem chegar.

Vai ao forno… como já disse não sou de tempos ou medidas certas, vou fazendo e vendo. Meto no forno e vou acompanhando.

Podem juntar às sardinhas uns cogumelos para variar, mas aconselho a experimentarem simples e depois vão adaptando ao vosso gosto.

Não metam sal, mas se quiserem podem por uns dentes de alho.

As pizzarias vão à falência! Bom apetite.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

VÊM AÍ NOVAS RECEITAS

Quando comecei a escrever este blogue morava sozinho e por isso o título “A COZINHA DE UM HOMEM SOLTEIRO”, depois deixei essa solidão e também a necessidade de cozinhar todos os dias. Daí a falta de receitas neste cantinho.

O gosto pela cozinha experimental não desapareceu e continuei com as minhas experiencias como se estivesse na minha tasca virtual, a Sacristia.

Vamos então recomeçar e desta vez trago-vos a receita de um recheio e respectivo molho para usar com pão de pita, com as fatias de pão para wraps, ou para rechear pastéis de massa tenra.

Como devem saber, não tenho medidas, é sempre a olho e como tal devem calcular quantidades conforme as pessoas que vão lamber-se com os meus petiscos.

Para o recheio:

cebola

Cogumelos

Bacon

Chouriço

Noz-moscada

Espargos

Um fio de azeite

Corte tudo em pedaços pequenos, as rodelas de chouriço devem ser cortadas em 3 tiras. Um fio de azeite numa frigideira e há que refogar tudo menos os espargos que se juntam apenas quando o resto já estiver quase pronto. A noz-moscada é raspada e misturada na frigideira.

Aqui está o recheio, agora vamos ao molho:

1\2 iogurte de coco

1 raminho de coentros

5 dentes de alho jeitosos

3 espargos

Piripiri (opcional porque o alho já pica)

Tudo junto no copo da varinha mágica vai dar um molho esverdeado e cremoso que será misturado no recheio, ou cobrirá os pastéis… ao vosso gosto.

O sabor exótico desta combinação deve-se à junção de 3 ingredientes: noz-moscada, espargos e o iogurte de coco. Poderão utilizar um iogurte natural, mas o adocicado sabor a coco vai ser a novidade. Surpreenda os amigos!

E já agora… depois venha cá comentar.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Paté Chouriçado

Numa terrina ou copo de varinha mágica coloca-se picles, eu prefiro cebolinhas e couve-flor, junta-se maionese, um pouco de vinagre balsâmico só para dar paladar, piri-piri a gosto e umas rodelas de chouriço corrente cortadas bem finas e depois em tiras. Para dar uma graça, umas tirinhas de bacon.
Mexa tudo até ter uma pasta consistente, se estiver muito grossa, junte-lhe azeite e volte a mexer.
Vai ver que vai gostar!

Bom apetite

sábado, 11 de abril de 2009

Sacristia

Olá visitante
Construi este blog por ter ganho gosto pela cozinha. Tinha em mente abrir uma tasca moderna, mas como me tem sido impossível, decidi escrever um livro cujas crónicas são o dia-a-dia da tasca. Aguardem e daqui a uns tempos terão notícias...
AQUI DEIXO UM CHEIRINHO DA SACRISTIA
Fica a digerir a situação e continua na azáfama da cozinha para que seja mais um dia de bom serviço, que é o melhor cartão-de-visita. Sensivelmente uma hora depois da porta aberta, entra um grupo com características pouco habituais. O primeiro, com aspecto de D. Quixote, magro, bigode atrevido, pêra fina e grisalha. Bem apresentado, calça de ganga escura com vinco de calça clássica, mala de couro e uma postura hirta. Estende-lhe a mão e cumprimenta-o com elegância, mas com uma lábia que geralmente é usada por vendedores.

— Boa tarde, o meu nome é Xavier e vim visitar o seu estaminé. Disseram-me que é a melhor sacristia que alguma igreja já teve.

Estendendo-lhe a mão, António vê que está na frente de um pintas, um artistinha.

— Boa tarde caríssimo e sejam bem-vindos ao meu humilde cantinho.
— O meu amigo tem uma pipa?
— Não, mas vinho não falta. É só escolher.
— Olhe, este senhor velhinho é o Serafim e aquele é o Zé d'Afife, procuramos uns petiscos diferentes, assim à maneira. O que tem?
— Tenho orelheira, camarão cozido, pataniscas de bacalhau feitas na hora…
— Pare que já chega!
— Eu quero pataniscas — diz o Serafim.
— Uma travessinha de pataniscas e uma garrafa de vinho.
— Sentem-se que levo já lá.

Dirigem-se para o canto da música, observando as paredes com ar de admiração.

— Zé, tens viola — Xavier pegando no instrumento pergunta — Faxavor, pode-se tocar?
— Se souberem, toquem à vontade.

Zé d'Afife tira uns acordes de bossa nova com ares de quem sabe o que faz
— … fundamental é mesmo amor, é impossível ser feliz sozinho…

António leva umas tapas de ananás com molho de alho e um camarão em cima, pousa com as bebidas para pasmo dos clientes.

— Ah… estas pataniscas são diferentes — exclama o sósia de D. Quixote — eu não pago estes patrafulhos.
— É oferta de boas vindas, para se entreterem enquanto frito as pataniscas.
— Eu não disse para virmos aqui? O Xavier sabe… ai a treta! Serafim, ligaste ao Peninha?
— Eu? Ele não atende! Gasta a reforma e fica a hibernar, quando quiser que apareça.

Falam ao som da guitarra, os sons saem de forma natural, como se a guitarra cantasse nas mãos do tocador. Xavier vai ao balcão falar com o tasqueiro.

— Olhe, o senhor abriu à pouco?
— Sim, esta semana.
— O meu amigo Serafim, aquele que parece o Pai Natal em versão reduzida, toca concertina e tem uma das suas nove na mala do carro. Pode tocar aqui?
— Claro que sim, estão à espera de quê?
— E você não acende a televisão…

Rindo, António convida-o a olhar à sua volta.

— Já viu alguma televisão na casa?
— Ah… não tem, então podemos tocar.
— A casa é vossa.

As pataniscas quentinhas foram deglutidas num ápice, o vinho fazia estalo e os ânimos foram crescendo com as músicas tradicionais que foram saindo dos instrumentos. As vozes soaram cânticos do Zeca, mas a do violeiro flutuava na sala, como que abençoando a Sacristia.

— Quanto é doce, quanto é bom
No mundo encontrar alguém
Que nos junte contra o peito
A quem nós chamemos mãe…

Não há dúvida que o baladeiro foi uma importante influência no panorama musical português! António recorda que chorou na primeira vez que ouviu essa canção do Zeca. Foi tocada na tasca do Tó, quando o seu irmão estava mal no hospital e tantas outras baladas do poeta fizeram chorar pessoas que se identificam com o sentimento que ele empregava nos poemas.
“Por trás daquela janela… faz anos o meu irmão!” a música foi arma na luta do Dr. José Afonso e continua a ser usada por quem entendeu a mensagem e persiste na luta silenciosa, mas que entra no coração de quem sofre. Surge-lhe na mente a Praça José Afonso em Belmonte, singela como o homem que lhe deu o nome. Recorda também que um dia na Póvoa de Varzim, o pequeno de estatura, mas grande homem, Manuel Lopes, lhe contou que na segunda-feira de Páscoa de 1972, José Afonso e uns amigos cantavam na bouça de Argivai a que chamavam o Anjo e teve que fugir da GNR, que movida pelo sistema da outra senhora, fazia caça aos que de qualquer forma lutavam contra o regime vigente. O tal que caiu da cadeira, o de Santa Comba Dão, fez sofrer o país que lhe deu nome e torturou muitos pais de filhos que apenas lutavam pela felicidade. A história sempre foi uma paixão para o novo tasqueiro que sem formação académica, tem uma cultura geral razoável e dá cartas numa conversa de cariz histórico. Sem saber datas de cor, identifica factos de forma cronológica, tal como a música, que é um autêntico calendário. Sabe que o Conjunto António Mafra gravou um single nos Estados Unidos, um dia depois de Elvis Presley ter gravado no mesmo estúdio. Ou que o primeiro single dos Rolling Stones foi gravado no dia 7 de Junho de 1963. Na música, já as datas estão mais presentes.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Costoletão com Molho Mirandês



Há que abrir os olhos quando frequentamos um restaurante com cozinha à vista. Outra forma de evoluir é ganhar a confiança dos cozinheiros e esperar que nos convidem a entrar na cozinha para ver "como tudo é feito na hora"... depois, há que treinar e aperfeiçoar em casa.


O costoletão vai para a brasa apenas com sal grosso, muito mal passado porque a carne bem passada parece sola de sapato e parte dentaduras.


O molho mirandês deve ser feito na hora e colocado por cima da carne acabada de sair da grelha.


Azeite transmontano (que é mais saboroso), vinagre de vinho tinto (caseiro de preferencia), uns dentes de alho acabados de picar, sal grosso, piri-piri seco, cebola picada, salsa e coentros picados. Todos este ingredientes bem misturados e pincela-se a carne com este molho. O resto do molho vai para a mesa numa molheira porque os convidados vão querer mais.


Servir com uns legumes cozidos à escolha. Eu prefiro uns grelos.


Para acompanhar aconselho um bom tinto de Valpaços... por exemplo uma Encostas do Rabaçal - RESERVA. Este vinho não se bebe... come-se! Mas cuidado com a graduação!



Vá lá... experimentem e depois deixem aqui o resultado... olhem que raramente se encontra esta receita!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

PATÉ DE FRANGO COM COGUMELOS



Já não escrevia neste blog há muito tempo,mas não parei com as experiencias gastronómicas, muito menos com a leitura e pesquisa para novos sabores...
Como já escrevi num post anterior, há que inventar com restos e ter vegetais à mão para acompanhar. Por exemplo, sobrou-me algum frango estufado e reservei, no dia seguinte desfiei o frango, dei uma fervura a uns cogumelos frescos, parti-os em pedacinhos, juntei-lhes alho, cebola, um pouco de caril e lá vai tudo para o copo do misturador. Duas folhas de hortelã para dar aquele aroma de gourmandise et voilá! Um paté maravilhoso que guardado no frigorífico, no dia seguinte desenforma-se e fica com um aspecto à "chef".

Tenho mostrado os meus patés e molhos aos amigos e família... bem... no Natal ofereceram-me um avental e um barrete de cozinheiro.


Bom proveito





sexta-feira, 4 de julho de 2008

MOLHO À MINHA CASA



















Um molho dá cor e sabor à comida, tem que espelhar a nossa personalidade.

Numa taça, ou tijela junta-se os seguintes ingredientes:

duas colheres de maionese

piri-piri

sal

azeite

sumo de um limão

dentes de alho

meia cebola picada

coentros

uma gema de ovo crua


A varinha mágica vai misturar o maravilhoso molho que uso para marisco e saladas.

Experimentem e depois voltem cá para dar notícias.